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Victor Frankenstein (2015)

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Cinezone Poster - Victor Frankenstein

 

A nova empreitada para reviver a lenda criada por Mary Shelley é um desafio e tanto, e mostrar uma visão um pouco diferente das demais focando na vida e obra de “Victor Frankenstein“, usando o ponto de vista de Igor – o fiel escudeiro e aprendiz do médico – não é uma tarefa tão simples quanto parece.

O apelo comercial é forte com nomes de James Macavoy (X-Men: First Class) e Daniel Radcliffe (o eterno Harry Potter) ancorando o elenco sendo Victor e Igor respectivamente. Mas o filme vai além da expectativa crescendo gradativamente enquanto o monstro de partes humanas é criado a imagem de seu criador. Ponto que deixa a obra inteligível de certa forma é a inserção de legendas quando citados termos médicos e/ou partes do corpo humano – não é nenhuma novidade em termos de cinema, mas acaba por facilitar a vida de diretor e roteirista. Recriar uma Londres industrial em detalhes também acaba por valorizar o trabalho, uma vez que facilmente podem ser identificados os pontos turísticos, por mais lúgubres que pareçam.

Se transcrito da obra original, o filme pode não agradar os profundos conhecedores de literatura uma vez que a licença poética é visivelmente colocada em prática: o personagem Igor (que praticamente narra sua história) não aparece em momento algum no livro. Também citado o nome do irmão de Victor, Harry não é um ponto importante, tendo inclusive seu nome modificado ao longo de muitas edições do clássico.

Ainda existe uma tentativa bastante fugaz de moralismo/religiosidade com a inserção do inspetor Turpin, que tenta a todo custo desmascarar Victor. O personagem está muito melhor representado no sensacional “Penny Dreadful” (2014), com um ar mais tenso e menos caricato. O filme tende a ficar piegas no momento que coloca palavras na boca dos personagens tentando algo fora do contexto das páginas. A transcrição para o cinema não o faz melhor ou pior, apenas necessário.

De qualquer forma esta nova obra exaltando “Frankenstein” de Mary Shelley (com breves adaptações) serve como
entretenimento, podendo ser trabalhado em outros momentos com muito mais intensidade e semelhança ao original. Um desafio para poucos: uma diversão para todos.

Título Original: “Victor Frankenstein”

Direção: Paul McGuigan

 

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