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The Fall (2013) – TV Series

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Quando se sabe do lançamento de uma série policial, a primeira ideia que temos é: “mais uma de detetives e serial killer como as outras… mais um CSI (Miami/Nova York/Cyber), mais um Criminal Minds, Law & Order, Cold Case, apenas mais uma série tão longa e pouco interessante quanto as outras. Mas às vezes surge uma luz no final do túnel. Desta vez ela veio com “The Fall”.

Um tanto quanto diferente dos demais seriados, a trama se passa em Belfast na Irlanda do Norte onde a detetive Stella Gibson é a responsável por caçar um assassino metódico. O vilão é um pai de família acima de qualquer suspeita: (interpretado por um Jamie Dornan muito distante do apático Sr. Grey de “Cinquenta Tons de Cinza”) casado e pai de dois filhos, trabalha durante a noite onde pode encobrir seus assassinatos e modo operante. Durante a caçada, eventos paralelos vão acontecendo com um limiar muito pequeno tanto para a polícia quanto para o maníaco, e a tendência é que as linhas se cruzem com o andar da carruagem, acirrando ainda mais a luta entre o “gato e o rato”.

Os seriados produzidos pela BBC geralmente são bem produzidos e costumam primar pela qualidade, e em “The Fall” não é diferente. O gélido ambiente do norte irlandês vem a calhar com a frieza dos assuntos e com a meticulosidade nas intenções. Como em uma das falas da detetive Gibson: – o diabo está nos detalhes. A detetive é um elogio, sendo que a intérprete é a ótima Gillian Anderson. Já conhecida em seriados do tipo por “Arquivo-X” e mais recentemente como a psiquiatra do canibal em “Hannibal“, ela é uma estrela a parte que revigora o personagem da mulher de ferro: impenetrável, imponente e sem piedade, ao mesmo tempo tendo a fragilidade suficiente para separar o correto do justo, e o certo do coerente.

Ainda há, utilizando a figura de Gillian Anderson, um cuidado na personificação da mulher tanto em situações de risco, quanto na necessidade de valorização do ser como potencial e vivo, capaz de enfrentar riscos e assumir posições de frente e comando. Porém ao mesmo tempo que não deixa de ser o sexo frágil na condução de assuntos mais pertinentes a feminilidade (demonstrados em diversos aspectos como pintura das unhas, poder de sedução usado a seu favor, violência sendo combatida com inteligência e meios legais, ou ainda os pequenos detalhes de roupas e cabelos, que não escapam a direção nem aos continuistas).

Há quem diga que a mini-série da Rede Globo “Dupla Identidade” é uma cópia descarada da obra de Allan Cubitt. Se for, a fonte de inspiração é excelente, porém é uma pena o acervo ser tão pequeno vista a riqueza de criatividade de um país como o Brasil. Hoje, salvo raras exceções como Luther (que está sendo “americanizada” para 2016), The Killing (adaptação da dinamarquesa “Forbrydelsen” – e que felizmente parou na terceira temporada) e a espetacular “True Detective”, dificilmente encontramos uma série tão bem produzida e conduzida. Já está prevista a terceira temporada para 2016.

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