O que é um “plot twist”? É uma mudança radical na direção esperada ou prevista do enredo de um romance, filme, série de televisão, quadrinho, jogo eletrônico ou outra obra narrativa. É uma prática muito usada para manter o interesse do público na obra, para normalmente surpreender com uma revelação surpresa (Wikipedia). E em “Sharper” o filme inteiro é um verdadeiro show de reviravoltas.
Um suspense neo-noir, onde ninguém é quem realmente parece e as facetas de cada personagem mudam a cada momento. A cidade de Nova Yorque é o pano de fundo para uma sequência inevitável de trapaças e jogos de poder e persuasão.
Com um elenco galáctico, “Sharper” é uma das boas surpresas no streaming: Sebastian Stan, Jullianne Moore e John Lithgow puxam o que tem de mais prático em atores e exploram muito bem seus papéis que conseguem enganar o publico o tempo inteiro. Nada é óbvio e a cada virada de mesa já não sabemos quem é quem.
Bem dividido e marcado pelas passagens de personagem, o cuidado estético com a direção de arte e as mudanças também repentinas de humor e tragédia para cada quadro fazem tudo ficar bastante compreensível e aprazível dentro de suas duas horas.
Felizmente é um filme que não tenta pregar lição de moral em ninguém, ainda que o final seja o mais palpável, consegue prender até o fim não decepcionando em nenhum momento.
Disponível na Apple TV+.