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Samaritano (2022)

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As frequentes tentativas do velho Sly de se colocar no mercado novamente são uma sequência de erros e de caras feias risíveis. Em “Samaritano” parece que ainda falta um bom caminho para a canastrice total, porém ainda há espaço para uma virada de pulso na última hora (como todos seus personagens até hoje fizeram).

Sam é um menino de 13 anos que mora em um perigoso bairro da cidade de “Granite”, e que acredita ter encontrado seu super-herói favorito em um vizinho que trabalha como catador de sucatas na vizinhança. O Samaritano foi uma espécie de vigilante, e que foi morto em um combate com seu principal rival (e irmão gêmeo, chamado Nêmesis.

A patifaria começa cedo quando logo de cara vemos uma abertura sendo uma longínqua lembrança de quadrinhos da Marvel. Uma sofrível narração seguida de atuações quase burlescas vão dando o tom de cada cena. A ideia do personagem de Stallone não é ruim, mas é extremamente batida e lembra um torto mosaico de vários heróis passando pelo Demolidor, em cenas de luta chegando ao esmero risível de possuir um martelo mítico forjado a sangue e suor, e que acaba lembrando muito de longe o Mjölnir do deus do trovão. Isso tudo sem falar na já declarada “inspiração” no cult Corpo Fechado” de M. Night Shyamalan.

Os diálogos são puro clichê e estereotipados ao máximo com a sensação (e depois a certeza) de que sabemos exatamente o que os atores irão dizer. Mas o que mais decepciona são os furos no roteiro, onde o (anti) herói possui algumas sequelas não explicadas e seus “poderes” não tem um motivo ou circunstância para existir. Há uma sequência lógica, mas não se sabe exatamente do que…

Carros explodindo, lutas coreografadas e mortes beirando o absurdo de tão homéricas não faltam. Mas a cereja do Martini é o “bad guy” então interpretado por Johan Philip Asbaek. É uma atração a parte de tão caricato: claramente inspirado no vilão Bane, um dos inimigos do Cavaleiro das Trevas, com um toque de “Dentes de Sabre”, arquirrival do Wolverine. Suas frases, risadas, e gestos de lutador de wrestling fim-de-carreira credenciam ainda mais o toque pastelão da dramaturgia em mais este tropeço da Amazon.

Mas voltando ao eterno Rocky Balboa, Stallone não foge nunca dos personagens principais que sempre interpretou em “Falcão”, “Rambo” e “Mercenários”, com cara assustada e boca torta saindo frases de efeito, juntamente com viradas fantásticas de sobrevida no protagonismo final.

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