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Os Pequenos Vestígios (2021)

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Um filme pode ser superestimado por diversos motivos: um grande diretor, ou um roteirista de renome, ou ainda um(a) grande ator. Mas e quando entram em cena três vencedores do Oscar e quatro estatuetas em uma mesma película? Ou melhor… em uma mesma cena! Sim. “Os pequenos vestígios” vem com a mala pronta para viagem e bagagem recheada com Denzel Washington, Rami Malek e Jared Leto. Mas como traz o dito popular, “vamos devagar com andor, pois o santo é de barro”…

O já tarimbado delegado do condado de Kern, Joe “Deke” Deacon (Denzel Washington), precisa ser enviado a Los Angeles para uma simples coleta de provas e averiguação de rotina em outra jurisdição. Porém, o processo demora um pouco mais do que imagina e acaba por se interessar e se envolver em um caso muito similar a outro que viveu anos atrás: com toda sua “expertise” acaba ajudando e se envolvendo na caça de um “serial-killer” que já está deixando a polícia local e a população em polvorosa. O delegado do departamento de Los Angeles Jim Baxter (Rami Malek), é bastante displicente e arrogante, mas acaba cedendo aos instintos do veterano Deke. A ajuda é extraoficial e tudo pode acontecer, sendo que o pior ou melhor de cada um pode submergir. Com o andar do caso, mazelas do policial Deke vão surgindo e o jogo mental acaba sendo tão importante ou até crucial quanto aos vestígios do criminoso que vão aparecendo. Tudo pode ser cíclico e o mundo já provou dar voltas demais para chegar ao mesmo lugar.

O jogo de gato e rato em um ambiente “noir” não é novidade em filmes policiais, sendo que para tanto é necessário que uma boa mão na direção esteja firme e um roteiro envolvente seja de acordo com a história. Nâo é o que acontece. De acordo com o andamento da história, sentimos aos poucos que nem tudo parece tão real ou ainda que certos fatos jamais aconteceriam em um caso real: porém vamos dando corda, linha e crédito como uma licença poética a cada erro. A comparação com os clássicos do gênero ficam inevitáveis. Apesar das nuances e rastros deixados para que o espectador também identifique o criminoso e desvende os segredos da trama, as pontas vão ficando soltas, tornando o filme morno e – não decepcionando – arrastado.

O diferencial acontece quando Jared Leto entra em cena. O ser apático e dissimulado apresenta um sarcasmo sempre que questionado, deixando em dúvida e as vezes até seduzindo o espectador pouco avisado. A trama ressurge entusiasmada e o ritmo parece que pode ficar frenético. Mas infelizmente não fica. E assim vamos até o desfecho. Ainda existe a tentativa de uma “moral” a lá desenhos do He-Man, onde o final tentava ser educativo. Mas ainda assim falha. Solenemente falha.

Um grande elenco não garante um grande filme. Tampouco um diretor de renome faz milagre com um roteiro errado. Há elogios e acertos em “Os pequenos vestígios”, mas tanto quanto o próprio nome do filme, ainda não foram desta vez encontrados…

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