A ideia de um prequel dificilmente é aceita no primeiro momento pela grande maioria dos ávidos espectadores. Ainda mais como um tão recente cult como “A Órfã”. O filme original que traz a pequena Esther como o próprio ponto de virada, não decepciona em “Órfã 2: A Origem”.
Leena (Isabelle Furmann) consegue escapar de uma prisão para delinquentes mentais e consegue ir para os Estados Unidos apropriando-se da identidade de uma menina há quatro anos desaparecida. Porém nem tudo sai como esperado e o inferno toma conta da vida de todos.
Logo de largada o roteiro possui furos bastante gritantes aos olhos do publico, que automaticamente tende a se lamentar. Após uma espera bastante intrigante, erros primários serem cometidos logo no inicio seria desapontador. Mais adiante nota-se que os erros foram propositais e as pontas soltas logo se unem: o “plot twist” está feito.
Julia Stiles foi uma boa escolha (ainda que uma atriz bastante mediana) e lembra bastante Catherine Zeta-Jones. Como a então mãe de Esther, fica evidente que alguma coisa não se encaixa, e que mais cedo ou mais tarde tudo acaba por descambar em muito sangue.
Com toques de outros filmes de drama e terror bem conhecidos deste tipo de público, quando do uso da “besta” sugerindo “Precisamos Falar Sobre o Kevin” ou ainda a vitamina servida aos moldes do clássico “O Que Terá Acontecido a Baby Jane”.
A historia poderia ter um desenvolvimento mais profundo, principalmente sobre a personagem título, porém acredito que a ideia era justamente não se ater tanto em detalhes fazendo mais um “thriller” do que um terror psicológico propriamente dito em não mais do que noventa minutos de película: o suficiente para entreter e manter uma deixa para uma possível trilogia.
Em “A Órfã 2” temos um pouco de tudo e mais um pouco fazendo com que a origem não fosse exatamente o que se imaginava, mas sim dando mais um impulso em um gênero hoje tão carente de boas novidades.