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Olhos da Justiça (2015)

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A indústria americana de cinema tem seus méritos e deméritos. Sem dúvida é a maior do mundo, e justamente por isso fazer remake de sucessos unânimes acaba por desdenhar um bom desempenho. Quando em cartaz “Olhos da Justiça“, fica impossível não fazer comparações ao original e já clássico “O Segredo dos Seus Olhos“, argentino vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro.

A sinopse é praticamente a mesma: um caso de estupro e assassinato que corrói os envolvidos há anos e que em busca de uma solução que cesse a dor, é reaberto e se tem uma caça ao suposto criminoso. No original, as investigações partem de um orgão público, enquanto nesta versão um dos braços do FBI é o início da trama. O pano de fundo usado pelos americanos são os ataques de 11 de setembro e a incansável busca pela segurança nacional sempre atrás de terroristas e focos onde muçulmanos se encontram. Chiwetel Ejiofor é o investigador que traz o caso a tona para a promotoria que ainda incrédula, ajuda Jess (Julia Roberts) a encontrar o assassino de sua filha.

Não. O filme não é ruim. Porém visto que foi adaptado de uma obra prima multipremiada de Jose Campanella, fica difícil comentar sem comparar. Por vezes o diretor Billy Ray (que também é um dos roteiristas de “Jogos Vorazes”) acaba se perdendo em muitos flashbacks tentando fazer com que o público tenha certa dificuldade em entender o que realmente acontece entre uma cena de lembrança e outra. Outro ponto interessante é a escolha dos atores formando um elenco de primeira linha, mas que não engrena de jeito nenhum. Não existe sintonia entre Chiwetel e Nicole Kidman (coisa que entre Darín e Soledad Villamil chegava a pegar fogo na tela) – diga-se de passagem uma Nicole apática e sem sensualidade. A impressão é que a direção de arte teve mesmo esta intenção, pois colocar qualquer mulher vestida com roupas íntimas “beje” é no mínimo pra desanimar qualquer cidadão. Ressalvas para a “Pretty Woman” Julia Roberts que encarna muito bem o sofrimento da personagem, emocionando nas primeiras cenas: a falta de maquiagem ressalta também o que pode fazer uma boa produção feminina.

O desenrolar da trama se dá continuamente sem muitos sobressaltos, mas atende ao público que se destina. Aquele que não assistiu a versão original, terá um bom filme pela frente. Ainda assim, dê preferência pelo cinema argentino: neste caso, a primeira vez a gente nunca esquece.

 

 

Título Original: “Secret in Their Eyes”

Direção: Billy Ray

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