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Manchester À Beira-Mar (2016)

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Sim, a vida é uma caixinha de surpresas. Boas ou ruins, normalmente são inesperadas, isto quando não certas e até conclusivas. Fato é que deve-se enfrenta-la de frente e assumir os erros e acertos em seu tortuoso caminho, ciente de quer o homem é um ser falho e capaz de encontrar atalhos nas trilhas menos óbvias. Em “Manchester À Beira-Mar“, o diretor e roteirista Kenneth Lonergan nos mostra que nem sempre é possível, e nem sempre se é forte o suficiente para sequer vê-la de lado apenas.

Na história, Lee Chandler se vê forçado a retornar para sua cidade natal com o objetivo de tomar conta de seu sobrinho adolescente após o pai do rapaz, seu irmão, falecer. Tudo complica quando Lee precisar enfrentar os demônios que o fizeram ir embora e deixar sua família e amigos para trás, anos antes.

O início traz o ator Casey Affleck com uma aparência desleixada, como quem não quer interpretar. Mas com o andar da carruagem vemos que é justamente este seu papel: um ser atormentado e sem forças para viver, um homem sem motivos para levantar da cama pela manhã. A angústia de sua atuação cresce a cada cena fazendo com que “Manchester À Beira-Mar” seja talvez seu grande auge. Já atuara em outros dramas como “Tudo Por Justiça” e “Interestelar“, mas em nenhum deles foi tão grande como agora. A relação com Michelle Willians (Randi) parece que existe há muitos anos, de tão marcante.

Um drama angustiante e as vezes claustrofóbico, uma vez que os protagonistas estão presos dentro de suas próprias vidas. A visão nua e crua da vida traz um bom prato para que o diretor se sinta a vontade para mergulhar em dramas existenciais, fazendo bom uso de flashbacks para que onespectador entenda o sofrimento de todos, e consiga (ainda que por breves momentos) se colocar no lugar de cada um dos atingidos por suas tragédias pessoais. O bom uso das trilha sonora sem parece piegas demais ajuda nos pontos chaves.

Um filme na medida, mostrando nada mais do que a vida como ela é, pode ser, e provavelmente será com cada um de nós. A resiliência pode ser extremamente necessária para compreender toda a magnitude de mais um (merecidamente) concorrente ao Oscar.

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