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Logan (2017)

Logan” é tudo aquilo que você imaginava e queria ver. E mais um pouco. Pode parecer exagero dizer que o último filme de Hugh Jackman como Wolverine é o melhor filme da Marvel, ou ainda dos X-Men, mas fica bem próximo dessa constatação.

O ano é 2024. A linhagem mutante está em visível decadência e descrédito, sendo lembrados apenas como lendas. Porém uma empresa está tratando de “criar” novas crianças com poderes especiais e transformando-as em assassinas. A arma X-23, e uma das únicas sobreviventes dos experimentos. O velho Logan, a pedidos de Charles Xavier, deve protege-la a qualquer custo sem uma explicação lógica para tanto. Wolverine trabalha como motorista e possuí um crônico problema com o álcool, que visivelmente o debilitou a ponto de desejar a própria morte, do que viver deploravelmente visto quem já fora um dia.

Diferente de outras obras da Marvel este é construído do início ao fim com toda cautela para não parecer apenas mais um filme de super-heróis. Desde a fotografia amarelada e desértica onde estão Logan e Xavier, até as passagens de dia e noite travadas pelos protagonistas enquanto jornadas, faz toda diferença. Diferente também está Logan: extremamente sanguinolento, quase caquético e cheio de problemas físicos e emocionais, ele se arrasta para conseguir cumprir suas lidas e ainda proteger o senil Charles Xavier, que já fora considerado um dos mais poderosos mutantes, e hoje luta justamente contra sua mente instável, por vezes incontrolável e extremamente perigosa.

No entanto o que mais faz valer são as visões construídas entre todos os personagens, inclusive com a boa notícia da atriz mirim Dafne Keen (Laura), motivo central dos embates entre mocinhos e bandidos, e que faz o mais pesado contraponto com os protagonistas. As relações criadas a partir de estranhos em determinantes passagens fazem talvez a mágica aparecer nos roteiros da Marvel: a questão familiar é vital para todas as direções, dentro e fora da tela. Cada um dos personagens é intenso, profundo o suficiente para conseguir um gancho para a próxima história e ainda assim transmitir uma emoção ao espectador. Falhas? Não há como evitar uma pancadaria sem muto sentido ou um desvio para a ação: mas isso o diretor James Mangold soube dosar também de forma sutil.

Se realmente Hugh Jackmann não vai mais interpretar o carcajú Wolverine não se sabe ao certo. Mas se realmente isto acontecer, já foi fechado com chave de ouro a história do mais carismático e querido dos mutantes.

Link para o IMDb

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