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Hannibal (2014) – TV Series

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OMPC_Hannibal Poster

Quando da estréia de “Silêncio dos Inocentes” em 1991, o filme nos apresentou um dos psicopatas mais intrigantes do cinema: Hannibal Lecter. Com uma história egressa de violência e traumas psicológicos o médico psiquiatra inicialmente foi muito bem interpretado por Anthony Hopkins que criara um personagem extremamente inteligente e manipulador, com um âmago metódico e capaz das mais controversas tramas para alcançar seus objetivos (ou fazer com que não sejam alcançados por ninguém além dele mesmo). Tamanho foi a aceitação do assassino pelo público, que mais três filmes (Hannibal, Dragão Vermelho e Hannibal Rising) foram criados e adaptados em cima do carisma pelo mórbido, além de “Manhunter”, criação esquecida de 1986 que trazia Brian Cox como protagonista.
Anunciada a criação de uma série intitulada “Hannibal”, fãs e cinéfilos logo torceram o rosto pois tocar em um personagem tão icônico seria extremamente perigoso, e ainda mais sendo criado especialmente para a televisão ao invés da telona. E o pior: quem fará o monstro? Quem poderia ter um perfil que não transbordasse a ponto de ridicularizar, e também não ficasse tão apagado com o risco de ser denegrido por uma crítica feroz e fatalmente esquecido por fãs? A escolha então feita pelo ator Mads Mikkelsen, já conhecido por bons filmes como “Cassino Royale” e “A Caça”, trouxe em sua bagagem uma nova roupagem para o doutor. E não decepcionou.

O dinamarquês vem com um refinado e alinhado psicopata, que atende em seu consultório propensas pessoas com dúvidas e distúrbios de personalidade, a quem ajuda a sua maneira: potencializando a violência e o instinto assassino de cada um, fazendo com que cumpram mortes e por vezes sejam cúmplices de suas carnificinas para depois obviamente, fazer com que suas vítimas sejam servidas em verdadeiros banquetes a seus convidados. A série ainda traz um elenco escolhido de forma minuciosa como Laurence Fishburne (chefe do FBI), Hugh Dancy (agente especial) e Caroline Dhavernas (psicóloga) e também profissionais capazes de fornecer suporte tecnicamente.

Mas nem tudo são flores e a série inicia arrastada e com uma narrativa confusa, chegando até a ser ameaçada de
cancelamento pela baixa audiência. Porém assim como o psicopata, a trama vai evoluindo e elucidando personagens bastante complexos a ponto de manter-se a dúvida entre o real e o imaginário, fazendo com que o público ficasse curioso pelo desfecho. Mas ainda assim a falta de ação e agilidade das cenas deixou a série arrastada. Para a segunda temporada foi tentado resolver o problema, complicando ainda mais a trajetória dos fatos, porém mantendo as dúvidas pertinentes a qualquer suspense: como, quando, onde e porquê?

Muito ficou para ser resolvido na terceira temporada. Quem sobreviveu as emboscadas de Hannibal Lecter? E ainda assim, alguém ficou ileso ao ponto de não se deixar envolver psicologicamente novamente? Os novos personagens já contratados para a nova temporada farão a diferença?

Ainda não sabemos a trajetória da série frente a guerra pela audiência americana, onde o mais importante é o retorno financeiro e não necessariamente a qualidade das produções. Há indícios que a história continuará bebendo da fonte do escritor Thomas Harris e também seguirá os filmes onde o psicopata já apareceu, consequentemente levando o anti-herói e protagonista ao apogeu, chegando quem sabe a apoteose divina de “silenciar” novamente os inocentes…

 

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