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Golpe Duplo (2015)

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O novo filme de Will Smith chegou arrasando quarteirões e rasgando a cena nas estreias de outros que já estavam em cartaz, batendo inclusive o dispensável “Cinquenta Tons de Cinza”, e chamando atenção por onde passa. Mas o veloz “Fórmula 1” em seguida perdeu o embalo, desacelerou e entrou juntamente com os demais em um trânsito truncado e seguindo o fluxo da demanda de blockbusters.

Incompreensível é o motivo que leva a indústria brasileira a trocar os nomes dos filmes tão drasticamente. O filme no seu original “Focus” é traduzido para os brazucas como “Golpe Duplo”. Há quem diga que o nome dado no Brasil faz sentido com o enredo desenvolvido, e realmente faz. Mas não há a necessidade de transformar o título em mais um entre tantos de trapaças e reviravoltas (ex.: Golpe Baixo, O Golpe, Golpe de Gênio, O Grande Golpe, Golpe Perfeito, etc…). Partindo desta premissa, certamente acabará se acomodando tanto quanto os demais nas prateleiras.

A história vem com Nicky, um experiente ladrão que se vê assediado pela estonteante Jess (Margot Robbie), que é uma novata neste mundo de criminosos larápios. Persuadido, os dois começam a agir juntos com mais uma equipe especializada na arte de “bater carteiras” e ludibriar. Porém os negócios vão esquentando e as afinidades sempre maiores fazem com que os principais personagens se apaixonem, e em um pequeno intervalo de tempo se separem, afinal não há honra entre ladrões. Dois anos depois eles se reencontram, quase inimigos íntimos.

O roteiro nos mostra partes distintas na obra, e acabam por se emendar como se fossem três episódios da mesma temporada em um seriado, o que acaba pesando no final das contas pois a temática já é batida, e enrolar o público faz parte do negócio. Aqui temos o ápice das ações, onde os golpes são bem dados e extremamente coreografados e pode-se dizer que o espectador fica incrédulo e agarrado na cadeira enquanto o segredo do truque não é revelado. Atenção a “Simpathy For The Devil” dos eternos Rolling Stones que dão o ritmo.

Falar de Rodrigo Santoro é chover no molhado (o personagem fora oferecido a Ryan Gosling, Brad Pitt e Ben Affleck que declinaram), uma vez que tem sua boa ação condecorada como sempre, mas não acrescenta nada a história porém não desabona o brasileiro.

No fim temos um mesclado de histórias contadas e por vezes desencontradas, que tentam fazer apenas mais do mesmo. E conseguem.

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