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Em Nome do Céu (2022)

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Não é nada fácil conduzir um filme ou uma série que tem por tema central uma religião (ou religiosidade). Sempre vai haver espaço para dúvidas e questões morais. Sempre haverão dogmas e opiniões controversas sobre a fé, sobre a maneira que cada indivíduo tem de seguir suas ideias e ideais, colocando-as em prática e ao mesmo tempo invocando o livre arbítrio.

Na série “Em Nome do Céu”, o detetive Jeb Pyre é chamado a investigar o brutal caso do assassinato de uma mãe e sua filha de poucos meses de vida. O fato é que o crime envolve sua congregação, e sua fé será posta à duras provas.

Andrew Garfield é o personagem central onde a série gira. O ator que inicialmente não é uma boa escolha para o papel, cresce a cada instante e acaba carrega do todos os outros atores de arrasto, protagonizando atuações que acabam ficando acima de qualquer suspeita. o elenco ainda traz Sam Worthington, Wyatt Russel, e Billy Howle dentre outros que ancoram todo o desenrolar.

Mas como sempre foi dito, um bom elenco não garante uma boa continuidade, nem é fórmula de sucesso garantido. Apesar da direção bem conduzida, os sete episódios apesar de curiosos acabam se tornando um pouco cansativos, e o tema religião fica desgastado com o desenrolar da história. Onde o principal motivo do crime acaba sendo mais importante que os assassinatos em si. Em uma hora de reprodução, acaba as vezes se perdendo e buscando outras formas de atração. O cunho racista bastante exaltado sobre índios e negros (voltado principalmente ao papel de Gil Birmingham) tão exaltado nos dias atuais acaba ficando desconectado da trama central, bem como os “flashbacks” que buscam informações nem tão relevantes ao contexto atual.

O conflito interno do personagem de Garfield é a grande questão a ser batida, buscando resolver o quebra-cabeças interno fica abalada com a morosidade e assuntos paralelos: a demência da mãe, o estranho modo de agir em relação a sua família denotam um pouco de enxertos para prolongar os episódios.

Mas a “salvação” encontra-se no eletrizante ultimo episódio onde a caçada aos mentores e assassinos fazem jus a toda a trama. Se consegue sentir o peso do resultado final causando um frisson e nervosismo, revelando todas as nuances de uma vez só. Talvez a falta de dosagem de força e destreza no roteiro dentre os sete capítulos tenha desencaminhado ao quase anonimato de um tema tão rico a ser explorado nas telinhas.

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