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Dope – “Um Deslize Perigoso” (2015)

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Cinezone Poster

 

Vários adjetivos podem definir “Dope”. Porém apenas três ou quatro não seriam capazes de descrever toda a magia que este filme busca (e consegue) trazer ao espectador. A primeira impressão ao ver o cartaz é: apenas mais um filme sobre algum subúrbio negro violento dos Estados Unidos. Mas quando a sinopse aponta para três negros nerds, sendo que um deles é lésbica, outro com raízes árabes, e um competindo para entrar na mais concorrida universidade do país, a visão pode ser mudada. Quem teria coragem, ou ainda o “peito” de usar estereótipos tão batidos e ainda assim conseguir escapar dos clichês da vida moderna?

Pois a vida de Malcom e seus amigos é até pacata perto de tanta violência e distúrbios sociais na comunidade. Sofrem bullying como qualquer jovem diferente de suas idades e são perseguidos por grupos de maior “autonomia”. Até que alguns eventos em cadeia fazem com que as vidas sejam completamente mudadas e várias questões morais sejam colocadas a um ponto tal que suas decisões poderão influenciar para sempre. E de cabeça para baixo.

Este moderno expoente do novo cinema faz o público pensar ao mesmo tempo que entretém e arranca boas risadas dentro de um ambiente completamente anos 90. Pode-se fazer uma busca visual em encontrar em poucos takes, cenas de “Te Pego Lá Fora” onde todo pré adolescente gostaria de estar entre as gangues modistas, ou ainda em “Um Maluco no Pedaço” estrelado pelo então Will Smith. Minha primeira lembrança foi de “Todos Odeiam o Chris”, tanto pelo visual colorido, quanto pelas mazelas sofridas por um pré adolescente.

Fato é que o diretor Rick Famuyiwa consegue trazer mais do mesmo e ainda assim inovar com uma linguagem simples, misturando a narração em primeira pessoa e os diálogos entre os personagens uma coisa uníssona e contagiante. Não há como não torcer pelos três protagonistas. Inclusive quando estão errados. A voz inicial é de Forest Whitaker, e a trilha sonora também é um deleite sendo produzida por Pharrell Willians – além de todo visual oferecido pela produção.

Fechando como uma das grandes atrações de Cannes e levando a melhor edição de Sundance (festival que premia especialmente os melhores roteiros) não havia como esperar muita coisa diferente de um filme tão diferente, e ao mesmo tempo tão igual a tudo que já vimos. Temos até uma nostalgia “taratinesca”. Nas suas devidas proporções, é claro.

Título Original: Dope

Direção: Rick Famuyiwa

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