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Cinquenta Tons de Cinza (2015)

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Ir ao cinema guiado pela curiosidade e também pelo estrondoso sucesso nas livrarias do “Cinquenta Tons de Cinza” não é nenhum demérito. Mas não somente por isso, também pela repercussão extremamente contraditória: um sucesso de bilheteria e um fracasso retumbante pela crítica especializada. Dificilmente adaptações de livros para cinema ficam boas, e este é mais um exemplo de como NÃO fazer.
Como se já não bastasse a temática ser batida, nos cinemas ela consegue arrebentar com qualquer definição de masoquismo, sadismo, bondage, fisting, ou qualquer outra prática sexual diferente do usual. Uma jovem de vinte e poucos anos, virgem e com cara de insossa tem que fazer uma entrevista para a faculdade com o Sr. Grey, um grande figurão dos negócios de também menos de trinta anos. As perguntas feitas durante esse pouco tempo lembram trabalhos de segundo grau, ainda que pouco importem para a relevância do contexto. Aí já pode-se deduzir a bomba que está por vir…

Os atores escolhidos são completamente assépticos, e sem emotividade como bonecos de cera: sem expressão, sem estarem conectado um com o outro, e nem ao menos demonstram empatia entre eles (quem dirá com o público). Os diálogos são vazios e por vezes desconexos tanto com o roteiro, quanto com a realidade: muitas coisas simplesmente acontecem sem ter motivo, ou ainda surgem de lugares em que nunca estiveram: em um dos encontros do Sr. Grey e de Anastasia Steele ela pergunta a ele sobre fazer amor. Ele responde que não faz amor, apenas “fode” e “com força”. Seria cômico, se não fosse tão trágico.

Há ainda quem possa fazer um pequeno paralelo ao não menos fraco “Crepúsculo“. Porém a coisa é tão mal feita, tão mal encenada, e tão cheia de furos e mal contada, que quase transformam Edward e Bella em clássicos modernos (argh!).

E assim o tudo vai se arrastando em pouco mais de desnecessárias duas horas de filme. As tão esperadas cenas de sexo e sado-masoquismo que permeiam a obra de E.L. James no seu contexto original são tão enfadonhas que não são capazes de chamar a atenção de um pré-adolescente: certamente seria mais fácil se excitar com catálogos de lingerie em uma revista do Avon

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