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Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016)

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Cinezone Poster - Batman VS Superman

“Tell me… Do you bleed? You will”. A frase que aparece no primeiro trailer de “Batman Vs. Superman – Down Of Justice” é o chamamento para o considerado embate do século: o prometido confronto entre os dois maiores heróis mais populares dos quadrinhos.

A história gira em torno da discussão da real função do Homem de Aço na sociedade americana e mundial, uma vez que não é regido por nenhuma lei governamental específica tendo em mãos a possibilidade da destruição total do planeta se assim quiser. Sua idoneidade é colocada mais ainda em dúvida, quando Lex Luthor (Jesse Eisenberg) coloca lenha da fogueira questionando qual a verdadeira influência de um “alien”, e qual seu propósito em adotar um lar tão perecível perto do que um dia foi Krypton, chegando a ser chamado de falso deus, e antagonizado por boa parte da população. Toda esta alegoria acaba chamando a atenção do justiceiro Batman, que começa a se interessar pelo assunto e vê a oportunidade de mais uma vez fazer justiça com as próprias mãos.

Esperado como novo rebento avassalador de bilheterias da DComics / Warner, vindo de uma pré-venda melhor que “Deadpool” e “Vingadores – A Era de Ultron” (e quem sabe a melhor abertura de bilheteria até hoje), não conseguiu agradar a todos. Uma vez pela expectativa gerada após um merchandising que acabou ficando exaustivo, mais as negativas iniciais de Ben Affleck como Bruce Wayne e a despeitada Gal Gadot como Mulher Maravilha, juntamente com um roteiro não tão interessante quanto as premissas esperadas pelo bom e esforçado diretor Zack Snyder.

As mudanças adotadas pela DComics após a trilogia de sucesso de Christopher Nolan foram entendidas como um ajuste para uma sequência de filmes interligados, bem como a Marvel o fez, juntando heróis e criando universos paralelos quando necessário fazer mais (dinheiro). As aparições de outros personagens marcantes se tornam perspicazes e pertinentes ao início de uma nova saga.

Cinezone Wall - BvS 02

A agonia dos fãs ao saberem que o canastrão Ben Afleck interpretaria o homem-morcego foi em vão. O ator mostra amadurecimento e faz entender que seus cabelos grisalhos não vieram à toa. Diferentemente de Christian Bale, o novo Bruce Wayne faz um milionário mais sombrio e ciente de seus compromissos, porém ainda atormentado pelo passado trágico ainda advindo do assassinato de seus pais. O ator é um dos que mais leva a sério a história e toda a trama: os próximos prováveis filmes solo dirão o que o presente ainda tende a duvidar. Superman continua o mesmo idealizado no filme de 2013, com o galã Henry Cavill bom moço e ligado a família. Parênteses: um dos fatos que mais me agradam ao assistir e comentar cinema é a quantidade de mensagens subliminares passadas a cada frame, e em “Batman vs. Superman” essa ideia é repetidamente interessante. A associação feita continuamente em “Homem de Aço” como o “salvador da humanidade” se faz aqui em diversos momentos lendo-se Superman como o Cristo libertador da era moderna. As constantes aparições frente ao sol, a ligação direta com a religiosidade, aquele que vem dos céus em uma nave flamejante, e (SPOILER) em uma das últimas cenas sendo carregado nos braços por duas mulheres, faz uma alusão quase absurda a crucifixão inclusive com as cruzes de ferro ao fundo na cena.

Outro personagem que tem seu destaque é Lex Luthor. Interpretado por Jesse Eisenberg, o vilão é um multimilionário filantrópico que em busca de poder tenta destruir tudo aquilo que não consegue alcançar. Com frases prontas de efeito bem colocadas, faz com que o público se divirta e se interesse cada vez mais pelo excêntrico e megalomaníaco. Uma pitada da loucura é muito bem vinda e certeira, fazendo lembrar em momentos até mesmo o melhor Coringa até hoje, Heath Ledger.

Lógico que um filme desta magnitude tem seus erros e acertos, como as pontas deixadas desatadas para os próximos filmes, as nuances de novos vilões estampadas em pichações nas pelas paredes das cidades de Metrópolis e de Gotham, os novos personagens que são brevemente citados dando a entender novas aparições (Aquaman, Flash, Ciborgue, Lanterna Verde, etc), fazem esta obra única, e merecedora de aplausos pela ousadia e pelo afinco como foi colocada nas telas. Palmas. E ansioso pelos próximos capítulos.

 

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