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A Morte do Demônio: A Ascensão (2023)

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Existe uma boa expectativa quando falamos de uma franquia, remake, ou suposta continuação. Ainda mais de um clássico do terror como “Evil Dead” (ou abrasileirado para “A Morte do Demônio: A Ascensão”), que revolucionou a maneira de enxergar o gênero na chegada dos anos oitenta. É um bom filme de terror? É! Tem referências aos anteriores? Tem! É “Evil Dead”? Infelizmente não. A ideia sinistra de apresentar filmes de horror em lugares bucólicos como fazendas, cabanas e bosques sempre funcionou bem, seja pelo silêncio ou pelo isolamento que o interior acaba exigindo. Todavia existe uma insistência em trazer estes ambientes para a cidade, e essa tentativa acaba falhando bastante justamente ao se fazer menção a um filme de mais de quarenta anos.

As referências ao primeiro filme são inúmeras: serra elétrica, caixas de pizza, frases de efeito usadas anteriormente e a tela borbulhando de tanto sangue. E claro, as pitadas de um humor nonsense onde menos é necessário. E tudo também se inicia com o achado de um livro maligno e as palavras mágicas sendo citadas sem querer. Também a direção de Lee Cronin se torna impecável uma vez que segue literalmente a cartilha de Sam Raimi. E as vezes temos a impressão de ser o próprio atrás das câmeras. Acaba fazendo sentido, quando nos créditos o nome de Bruce Campbell surge como produtor.

Algumas curiosidades acabam permeando a história antes e depois do lançamento de “Evil Dead Rise”, como o fato de o filme ter sido projetado para sair diretamente em streaming. Mas depois de um estrondoso sucesso no pré-lançamento, optou-se pela telona. Outra interessante é saber que a atriz Alyssa Shuterland (de “Vikings“) se inspirou no personagem “O Máscara” de Jim Carrey para compor seu demônio. A cena do elevador transbordando de sangue também faz referência direta a outro clássico: “O Iluminado”. E o fato de ter tanto sangue faz jus ao primeiro filme: foram usados seis mil e quinhentos litros de sangue falso durante toda a produção.

Não é um clássico ou uma continuação, ou remake. É um filme de terror muito bom e com cenas fortíssimas de virar o rosto de tão nojento e angustiante. Vale ainda a pena se inteirar e/ou buscar assistir o original de 1981 para ter a experiência completa e conseguir extrair ao máximo e se deleitar com as jarras de sangue que são servidas de forma abundante em pouco mais de uma hora e meia de sessão.

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