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1BR: O Apartamento (2019)

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Um daqueles despretensiosos filmes que aparecem no catálogo de streaming. Você passa diversas vezes por ele, porém a sinopse não mostra grande entusiasmo, atores desconhecidos e a nota da crítica é relativamente baixa. Mas ainda assim, em um domingo qualquer sem maiores opções, aperta o “play” e dá uma chance ao desconhecido. Pronto: sua opinião sobre tudo isso acaba de mudar após assistir “1BR: O Apartamento”.

A jovem Sarah consegue uma vaga para morar um condomínio fechado, depois de uma concorrida disputa em um apertado processo seletivo. Tudo está correndo muito bem e os vizinhos são extremamente aprazíveis, até que Sarah é descoberta com o descumprimento de uma das regras básicas do prédio, entrando em um turbilhão até então inimaginável (inclusive para o espectador). As aparências enganam. E muito.

A experiência de “1BR” é bastante positiva, ainda que o thriller tenha um baixo orçamento tanto para elenco quanto para produção, consegue manter a tensão e atenção em todos os momentos. A curiosidade do que pode acontecer a protagonista a qualquer momento nos leva a ficar grudados na poltrona.

Aparentemente apenas mais um filme de suspense, podemos fazer várias analogias e metáforas de nosso cotidiano convivendo em sociedade: câmeras nos dando a falsa sensação de segurança, uma vizinhança sorridente e (na maioria das vezes) hipócrita, e também o grande dilema de se conviver com as regras de um condomínio onde em alguns momentos devemos submeter determinadas vontades em prol de um bem coletivo maior.

Também conseguimos buscar apoio nas teorias de estudo psicológico e psiquiátrico, uma vez que Sarah faz uso de medicação controlada, e em determinado momento ainda não sabemos exatamente o que existe de verdade naquilo tudo que estamos vendo. E acaba-se notando que tudo aquilo trazido na telinha é bastante plausível, ainda que nas suas determinadas proporções. Mas se levarmos ao pé da letra as regras de um condomínio dito normal para os dias de hoje, até onde estamos condicionados ao delírio coletivo de fazer aquilo que não gostamos ou simplesmente discordamos somente para seguir regras que não sabemos nem ao menos com que intenção foram criadas?

E o final? A realização distópica do roteiro também nos mantem dentro de um clima de angústia ate o fim. Em nenhum momento temos uma vaga sensação de que tudo acaba bem. Estamos presos em nossas medíocres vidinhas sem saber exatamente para onde vamos ou o que queremos como sonho idílico maior, fazendo-se saber que a queda via realidade abrupta, nem sempre faz todos felizes.

Disponível para assistir no Prime Video.

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