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X-Men: First Class (2011)

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Não nego que fui ao cinema bastante receoso para assistir “X-Men: First Class”. Principalmente depois da saída da direção de Brian Singer, que largou a saga para “pilotar” a volta do homem de aço. Mas tive uma grata surpresa (do início ao fim) sendo que Matthew Vaughn soube lidar e reajustar o prestígio perdido com “Wolverine”. Mas o que mais me chamou a atenção foi a série de inserções feitas durante a trama, e que nos remetem de forma subliminar a outros filmes e situações históricas. Um exemplo bem claro e que pouca gente sabe, é que o início de cada frase dos embates ideológicos entre o Professor Xavier e Magneto são frases usadas por Malcon X e Marthin Luther King em seus inflamados discursos sobre a igualdade entre as nações e a luta por serem reconhecidos como “seres humanos”.Já em outro detalhe que parece extremamente especulativo, mas que tem fundamento prático é a sobreposição direta da moeda nazista usada por Sebastian Shaw (Kevin Bacon) para instigar suas vítimas, diretamente a uma cena que reproduz o brasão dos EUA, os remetendo claramente a uma posição de racismo e intolerância contra aqueles que não fazem parte de sua ideologia (também subtendida no filme). Já utilizando o gancho do vilão da trama, que em sua última cena ele é erguido por Magneto, já morto e com os braços estendidos, como se estivesse crucificado (!). Isso sem contar com as inúmeras alusões ao governo Kennedy e a guerra fria contra a então comunista URSS. Em diversas cenas entre os personagens Fera e Raven, somos remetidos de imediato as aventuras do cabeça de teia Peter Parker. Quando Fera está de cabeça para baixo quase beijando Raven, lembra em muito a primeira cena de beijo que o Homem Aranha tem com Mary Jane. Ou não? E no final, como que por “coincidência” ela acaba se entregando ao próximo algoz dos X-Men.Os signos e interpretações adicionados ao roteiro bem escrito (que é de Singer), uma direção muito segura e cheia de novidades, atores novos juntos com veteranos consagrados, mais efeitos especiais e boa vontade, fazem neste então último capítulo, o melhor até aqui.