Muita expectativa para pouco que se apresenta… essa foi a minha impressão ao final do filme. Uma atuação boa de James Franco, mas em um papel que qualquer outro ator desta safra nova faria. Talvez o grande alarde por ser de direção do Danny Boyle, que ganhou o premio em 2009 por “Slumdog Millionaire”. Realmente “127 Horas” lembra o filmaço indiano no início, com os cortes e a trilha sonora… porém é só. Nem a tão falada cena do braço sendo decepado é tão terrível quanto cotada. A validade toda é o fato de o filme ser completamente biográfico, e em saber que o contado é exatamente o ocorrido com Aron Ralston em 2003. Definitivamente Franco deveria voltar a fazer o inimigo do “cara de teia”, onde certamente será mais notório…
The Killing – Primeira Temporada – Episódio Final
Definitivamente “The Killing” foi a série policial que mais me cativou nos últimos tempos. Com uma trama bem armada, um roteiro excelente e sem clichês, a primeira temporada termina com a certeza de que terá mais e mais adeptos a palpitar quem matou Rosie Larsen. Atuações perfeitas e pendendo largamente para o emocional, a direção conseguiu prender o espectador de uma forma intrigante e diria até angustiante em certos momentos. Sarah Linden é uma de minhas protagonistas preferidas, dentre tantos outros na linhagem de investigação (depois de David Mills e Willian Somerset em “Seven”). Ainda que tenha algumas diferenças da série original, com certeza trará mais dúvidas e mais apreensão. Espero que a segunda temporada venha tão forte quanto a primeira.
True Grit (2010)
O remake de 1969 nos traz nada menos do que mais um filme dos Cohen, com diálogos ácidos e atuações dignas de premiações, e assim como em “Onde Os Fracos Não Tem Vez”, muita gente sai decepcionada por não entender mais uma vez a magia que os irmãos dão a sétima arte. Definitivamente não é o tipo de filme que me atrai. Porém o farto roteiro, adaptação e direção de elenco fazem um franco concorrente em qualquer época. Imperdível a cena em que Bridges decide se a língua de Damon deve ou não ficar em seu devido lugar (literalmente).
O Discurso do Rei (2010)
Conforme anunciou o site do Terra: “é necessário se curvar diante a majestade do rei”. Uma direção impecável, com angulações bem definidas, panorâmicas, enquadramentos perfeitos, plano e contra-plano geniais, foco no necessário, e Tom Hooper está sem concorrente este ano. O elenco está digno de lordes ingleses, com Colin Firth (que eu nunca gostei) se dedicando ao máximo, desde as pernas “ex-cambotas” e a gagueira natural. E Geoffrey Rush que fica além de qualquer comentário. Um mestre e um canastrão em uma mesma cena se completam barbaramente. Ambientação de época e também a mistura de cenas produzidas com as reais como a do discurso de “Her Hitler” dão um toque de gênio. Ainda não vi todos os outros concorrentes, mas dificilmente algum outro me deixará tão embevecido quanto “O Discurso do Rei”.