Os Suspeitos (2013)
Talvez o título equivocado dado no Brasil (como muitos outros) seja o único porém deste empolgante thriller de suspense sem precedentes: é a flor da pele a cada minuto e empolgante até o último segundo. O elenco de primeira qualidade já prenunciava um grande filme, porém havia receio que em uma obra de mais de duas horas pudesse almejar bocejos em alguns expectadores ou ainda tédio em determinados diálogos: NÃO! Vale cada centavo da exibição na telona. Em um dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, duas meninas de famílias vizinhas desaparecem na tarde fria de um pacato bairro. O principal suspeito é o motorista de um trailer (Paul Dano) que não possui todas as faculdades mentais em perfeito estado, porém parece incapaz de maltratar qualquer ser. Sem provas ou qualquer vestígio das meninas, a polícia se vê na obrigação de solta-lo. Furioso com a ineficiência das autoridades, um dos pais (Hugh Jackman) resolve sequestra-lo e tortura-lo até descobrir onde estão as crianças. Mas em momento algum há certeza de nada. Nem dos pais, nem do paradeiro das crianças, nem mesmo se estão vivas… nem mesmo se o então preso tem alguma culpa. O diretor Denis Villeneuve conduz a trama com maestria e consegue em lances lentos de câmera captar cada detalhe, desde os rostos do impulsivo e excelente Keller Dover até as simbologias e piscadas metódicas do policial interpretado por Jake Gyllenhall. Mas a obra não é apenas técnica e abusa dos conceitos éticos e morais, onde talvez os fins possam modificar os meios: a tradução entre o certo e o errado, o impulso via de regra religiosa e a intencionalidade de fazer com que o público intensamente acredite… na dúvida. As relações entre pais e filhos / maridos e mulheres mostram em muito a fragilidade de um sistema familiar as vezes medieval, as vezes avançado demais para nossas falhas mentes humanas. Excelente!
Rota de Fuga (2013)
Um filme que definitivamente me pegou pelo pôster. Não vi trailers, ou qualquer sinopse sobre. Apenas um filme que trata de fuga de uma prisão ao estilo Acatraz, lembra muito o clássico com Clint Eastwood. Coloca-se dois dos principais monstros do “cine-porrada” nos anos oitenta e noventa: tem-se uma combinação explosiva. A película “Rota de Fuga” traz Sylvester Stallone como um escapista profissional, pago para encontrar furos na segurança de qualquer presídio. Porém desta vez o desafio é muito grande e demanda habilidade extrema, uma vez que não se sabe a localização do prédio e nem dos presos… lá encontra Schwarzenneger, um preso facilitador de quem se torna amigo. O roteiro é bem básico e com algumas falhas porém bastante persuasivo uma vez que em pouco menos de duas horas consegue-se diversão do início ao fim sem ser sonolento em vez alguma. O clímax do entretenimento não está no final, porém de onde se encontra a famigerada prisão. O elenco de apoio é um belo ganho com Jim Caviezel e Sam Neill, Vinnie Jones e o “rapper” 50 Cent. A tentativa de colocar os nomes dos personagens como grandes pensadores apenas tenta ludibriar um filme que é mera diversão para matinê. Se esta é sua intenção. Seja bem-vindo.
Metallica – Through The Never (2013)
Apenas vá aos cinemas se realmente for um daqueles fãs fervorosos da banda, assim como eu. Onde se esperava um filme, encontra-se um show. Sim. Uma excelente apresentação de James Hetfield e tua trupe em um ambiente fechado, com espetáculos realmente impressionantes de luzes e ações monstruosas em um palco especialmente projetado para o filme. Em “Through The Never” a presença de outros atores ou roteiro é meramente paliativo e bastante dispensável, com um roteiro fraquíssimo (se é que se pode chamar de roteiro) e às vezes até sem muito nexo. Em raros momentos as inserções de um filme coincidem com o que é tocado em palco. O palco em si é uma obra de arte, com cadeira elétrica em “Ride The Lightning”, fogos e uma verdadeira guerra auditiva em “One”, crucifixos emergindo em “Master Of Puppets” e a quase destruição total em “… And Justice For All”. Talvez nas mãos de um diretor de verdade (como Allan Parker a coisa realmente funcionaria). Outro detalhe importante pra você que não está interessado em gastar muito: o 3D é completamente dispensável, e pode-se perfeitamente assistir toda a obra sem aqueles irritantes óculos. Repito: apenas vá aos cinemas se realmente for fã de Metallica… caso contrário, aguarde o lançamento nas lojas.
Homeland
Claire Danes (Romeo + Juliet) é Carrie Mathison, uma agente da CIA que desconfia que o fuzileiro Nicolas Brody (Damien Lewis, Band of Brothers), desaparecido há oito anos no Iraque e resgatado de seu cativeiro, tenha se tornado um terrorista. Mas Carrie é a única que desconfia de Brody e o fato de ela ter alguns probleminhas mentais não a ajuda a convencer mais ninguém.
Carrie é obcecada por Brody e durante as duas primeiras temporadas ela vai do ódio ao amor pelo fuzileiro ruivo. Agora, começando a terceira temporada, ela está em apuros de novo, devido aos inúmeros erros que cometeu e agravado pelo histórico de problemas mentais.
Roteiro e personagens muito bem construídos e excelente direção. Uma das melhores, senão a melhor, atuações de Claire Danes. Lewis faz um ótimo trabalho. Não conheço trabalhos dele além do maravilhoso Band of Brothers, onde ele também está muito bem.
Além deles, contamos com a atuação impecável do veterano Mandy Patinkin no papel de Saul Berenson, chefe de Carrie. A carioca Morena Baccarin (Firefly) também faz excelente trabalho no papel da esposa de Brody, apesar de seu personagem ser daqueles que não ganham a simpatia do público.
Tenho grandes expectativas para esta terceira temporada. Tem tudo pra continuar sendo um sucesso, só precisam ter cuidado para que o público não canse da bipolar Carrie.